A ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirmou hoje, dia 30, que o governo vai usar recursos do Fundo Amazônia para ajudar o povo Yanomami, que vive uma grande crise de saúde tornada pública nas últimas semanas.
A declaração vem em concordância com a vinda ao Brasil do primeiro-ministro alemão Olaf Scholz, que se encontrará hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Marina Silva deu a declaração ao se reunir com com a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze. Em coletiva à imprensa, a ministra afirmou:
“Os recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais. Essas ações estão sendo tratadas em vários níveis, que envolvem: a questão da saúde; o tratamento ao problema da grave situação de fome, que está assolando as comunidades; a parte de segurança, para que essas pessoas possam ficar em suas comunidades, e isso tem a ver com operações de desintrusão do garimpo criminoso dentro dessas comunidades”.
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Ainda na reunião, foi anunciado o repasse de 200 milhões de euros para uso em ações ambientais no Brasil. Esse valor corresponde a R$ 1,1 bilhão. Deste montante, 35 milhões de euros irão para o fundo.
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento; além de apoiar comunidades tradicionais e ONGs que atuam na região amazônica. Alemanha e Noruega são os principais países europeus que contribuem ao fundo, mas os repasses tinham sido interrompidos nos últimos anos, devido ao aumento do desmatamento no governo Jair Bolsonaro. Ainda hoje, Lula e o chanceler alemão assinarão o termo de reabertura do fundo.
