A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira, 11, mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Barbosa Cid, e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente.
O objetivo da operação é investigar desvios de joias e outros bens de valor obtidos pelo ex-ajudante de ordens em viagens oficiais no governo Bolsonaro, e sua possível venda ilegal no exterior.
Segundo a PF, há indícios de que o general Cid teria tomado parte na venda dessas joias, e inclusive teria cedido sua conta bancária no exterior para o recebimento de valores dessas vendas.
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A investigação também aponta que Wassef poderia estar envolvido no esquema om o objetivo de recomprar parte desses bens para devolvê-los ao Tribunal de Contas da União (TCU), quando as apurações começaram a mirar as joias dadas a Bolsonaro.
Barbosa Cid, que está preso desde maio, e o tenente do Exército Osmar Crivellati também foram alvos da operação. Cid está detido por supostamente ter participado de ação para alterar dados de vacinação de Bolsonaro, familiares e entorno no final do ano passado.
Já Crivelatti era responsável por guardar o patrimônio privado de Bolsonaro em uma área emprestada para ele na fazenda do ex-piloto Nelson Piquet, em Brasília.
Recentemente, e-mails e documentos obtidos pela CPI do 8 de janeiro apontam que Cid tentou vender um relógio Rolex que o ex-presidente Bolsonaro recebeu de presente de dignatários da Arábia Saudita.
Os mandados para a operação de hoje foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). A operação foi batizada de Lucas 12:2, em referência ao versículo bíblico que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
