O ex-jogador de futebol e ex-deputado Marcelinho Carioca publicou na madrugada de hoje, 19/12, um vídeo em seu Instagram ao lado de sua família após ser libertado do sequestro. Ele agradece o apoio que está recebendo e comenta um pouco sobre o ocorrido. Veja abaixo:
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Leia abaixo a fala completa de Marcelinho:
“Bem, gente, que bom estar de volta, em casa, do lado de pessoas que realmente a gente ama. Toda minha família aqui me esperando, torcendo por mim. Lucas, meu neto, Lucas, meu filho, Matheus, meu filho, Marcella, minha filha, minha netinha Luize, meu genro querido Gabriel, minha norinha querida Carol.
Não só eu estou feliz, mas muita gente que torce por mim está, também. Eu agradeço a Deus pela minha vida, pela vida da minha amiga, a Taís, que está agora ao lado dos seus dois filhos, ao lado das pessoas que a amam, que ela é uma mulher digna correta.
E por falar nisso, me perguntaram: ‘e aquele vídeo que você fez dizendo, né, que descobriu depois que a mulher casada e que o marido dela foi atrás de você para te sequestrar?’. Gente, se você está com revólver apontado na sua cabeça e você é coagido a fazer um vídeo daquele, não tem como. Você vai pensar na sua vida. Eu fui obrigado a fazer aquele vídeo. Só que não colou, não cola, porque eu fui ao show da Neo Química Arena, com um casal de amigos, somente nós três, e saí de lá sozinho. Fui encontrar os amigos e a Taís em Itaquá para poder entregar os ingressos do show de domingo, onde eu não poderia estar presente. E eles iriam. Só que aconteceu toda essa fatalidade, esse desespero, esse sequestro-relâmpago, duas três ruas acima, aquele baile funk, o fluxo, passando várias pessoas. Quando saí para cumprimentar todo mundo, já vieram três armados, desesperados, já colocando pessoas dentro do carro. Uma terceira pessoa quase entrando, saiu, mas aí tudo que aconteceu dentro do cativeiro, foi desesperador.
Mas Deus deu a segunda oportunidade para gente e o mais importante que eu estou aqui ao lado dos meus filhos, mais importante é que a Taís está lá na casa dela, com família dela também. Obrigado pelas orações, pela torcida, por todo o carinho. E o papel do jornalista é apurar os fatos antes de falar muitas falácias na internet. Eu estou falando aqui o que aconteceu, exatamente isso. Um beijo, gente. Muito obrigado pelo carinho. Estou de volta em casa. Um beijo”.
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“Levei coronhada e depois não vi mais nada”, diz Marcelinho Carioca em entrevista
Marcelinho Carioca foi sequestrado na madrugada de domingo, 17/12. Em depoimento à polícia, ele disse que foi abordado por três homens quando estava na porta da casa de uma amiga em Itaquaquecetuba, grande São Paulo, após sair do show do cantor Thiaguinho. À imprensa, ele disse:
“Chegaram três indivíduos e me abordaram, e aí tomei essa coronhada na minha cabeça e depois não vi mais nada. Entrei no carro e já colocaram o capuz e não vi mais nada”.
Essa amiga do ex-jogador se chama Thaís, e é ela quem aparece no vídeo ao lado de Marcelinho, afirmando que era casada e que o marido dela tinha sido responsável pelo sequestro. Eles foram coagidos a gravar o vídeo, sob a mira de armas. Na coletiva à imprensa, o ex-jogador disse que ela também foi vítima do crime.
Ao comentar que foi obrigado a gravar o vídeo com o suposto caso extraconjugal, ele disse:
“Se você tem uma arma apontada e a pessoa te obriga a falar, o que você faz? Eu fui obrigado a falar”.
Marcelinho foi obrigado a usar capuz o tempo todo, para não ver o rosto dos criminosos.
Os sequestradores usaram o celular de Marcelinho, desbloqueado por ele, para entrar em contato com os familiares dele para extorquir o dinheiro. Segundo a polícia, a família do jogador chegou a pagar R$ 42 mil aos sequestradores.
Ainda de acordo com o relato de Marcelinho, nem ele nem Thaís foram maltratados durante o cárcere.
O sequestro durou um dia e meio. O ex-atleta foi encontrado pela polícia numa casa, em Itaquaquecetuba, no início da tarde desta segunda-feira (18). Uma viatura da Polícia Militar encontrou o ex-jogador em uma casa na Rua Ferraz de Vasconcelos, 1.412, que passou por perícia logo em seguida. Segundo a polícia, a PM recebeu uma denúncia anônima de que haveria um casal num cativeiro nesta rua. Num corredor que levava a outro imóvel, a polícia encontrou duas mulheres. Os policiais avistaram uma escada no último cômodo do imóvel e, quando subiram a escada, encontraram Marcelinho Carioca com um pano na cabeça.
De acordo com a polícia, cinco pessoas foram levadas para a delegacia. Eliane Lopes de Amorim, Jones Santos Ferreiro e Wadson Fernandes Santos seriam “conteiros” e receberam o Pix do jogador. Já as duas mulheres encontradas no imóvel vizinho ao cativeiro, Thauannata Lopes dos Santos e Fernanda Santos Nunes, envolvimento em casos anteriores investigados pela Divisão Antissequestro (DAS). A polícia procura por outros suspeitos e também vai ouvir o dono da casa onde os reféns foram mantidos.
Ainda segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, responsável pelas investigações, a polícia trabalha com a hipótese de crime de oportunidade. Ele afirmou:
“O carro era chamativo e foram para cima. Depois que viram que era o Marcelinho”.
Com informações de G1 e Metrópoles.
