Durante discurso em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (15/01), o presidente da Islândia, Gudni Th. Johannesso, fez um alerta e enfatizou que o país enfrenta “tremendas forças da natureza”, após a lava derretida de um vulcão o sudoeste da ilha ter destruído várias casas na cidade evacuada de Grindavík.
Um vulcão na península entrou em erupção na manhã de domingo (14/01), pela segunda vez em menos de um mês. As autoridades tinham ordenado à população que abandonasse a vila piscatória de Grindavík algumas horas antes, uma vez que uma série de pequenos terramotos apontavam para uma erupção iminente.
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A erupção “diminuiu consideravelmente” durante a noite, disse o geofísico Magnus Tumi Gudmundsson, mas era impossível dizer quando terminaria.
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Grindavík
É uma cidade de 3.800 habitantes, cerca de 50 quilômetros (30 milhas) a sudoeste da capital, Reykjavík, já havia sido evacuada em novembro, quando o sistema vulcânico Svartsengi foi reativado após quase 800 anos.
O vulcão acabou entrando em erupção no dia 18 de dezembro do ano passado e expeliu fluxos de lava em direção a Grindavík. Os moradores receberam permissão para retornar às suas casas no dia 22 de dezembro.
Desde então, equipes de emergência construíram muros defensivos que impediram grande parte do fluxo de lava da nova erupção antes de chegar à cidade.
Ninguém morreu nas erupções, embora um trabalhador tenha desaparecido após cair numa fenda aberta pelo vulcão, segundo relatos.
“Ainda não sabemos como se irá desenvolver esta erupção, mas devemos tomar as medidas que estão ao nosso alcance”, disse o presidente.
“Continuamos a esperar o melhor resultado possível face a estas tremendas forças da natureza”, acrescentou. “Continuaremos com nossas responsabilidades e permaneceremos unidos”, finalizou.
A Islândia está localizada numa área de grande atividade vulcânica no Atlântico Norte e tem em média uma erupção a cada quatro ou cinco anos. A mais perturbadora dos últimos tempos foi a erupção do vulcão Eyjafjallajokull em 2010, que expeliu enormes nuvens de cinzas e forçou o encerramento do espaço aéreo na Europa.
Não se esperava que a nova erupção causasse grandes quantidades de cinzas. As operações no aeroporto de Keflavík continuaram normalmente, disse Gudjon Helgason, porta-voz da operadora aeroportuária Isavia.
*com informações El Pitico
