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Maré vermelha: mais de 240 pessoas dão entrada em hospital com suspeita de intoxicação em Alagoas

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Mais de 240 indivíduos em Barra de Santo Antônio, no litoral de Alagoas, deram entrada, essa semana, em uma unidade de saúde devido à intoxicação por algas marinhas, desencadeada pelo fenômeno conhecido como “Maré Vermelha”. Esse evento raro pode ocorrer em qualquer região costeira, resultando de florações de micro-organismos, podendo ser tóxicas ou não.

A intoxicação pela “maré vermelha” atingiu na maioria turistas que estavam hospedados em um resort na Praia de Carro Quebrado, que fica na Barra de Santo Antônio, no litoral alagoano.

Na quinta (1º/02), foram registrados 191 casos de intoxicação. O número de banhistas contaminados subiu para 245 nesta sexta (02/02).

Entenda o fenômeno 

O nome maré vermelha é dado porque as algas que se formam ao longo da costa litorânea são avermelhadas. Se forem tóxicos, como os do litoral alagoano, os micro-organismos passam as toxinas por meio do spray das ondas. Os banhistas são afetados ao respirar o ar contaminado e podem apresentar enjoo, dor de garganta, dor de estômago, tosse, coriza, obstrução nasal e sinais de conjuntivite.

Houve interdição de um trecho da praia de Carro Quebrado a fim de evitar a circulação de pessoas. Também foram registradas proibições de venda de peixes e moluscos em algum as cidades, para evitar o consumo de animais contaminados.

Fatores como altas temperaturas e estiagem facilitam a proliferação das algas, cujo surgimento pode ser causado pelo desequilíbrio ambiental.


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“Elas precisam de nutrientes para se multiplicar e o homem pode interferir na formação dessas algas nocivas diante dos nutrientes que jogamos na água (lixo)”, explicou o professor da Universidade Federal de Alagoas e oceanógrafo Gabriel Le Campion.

Sérgio Silva, secretário de Meio Ambiente de Barra de Santo Antônio, informou que as algas, provenientes de Pernambuco, migraram em direção ao litoral de Alagoas. Ele mencionou que as pessoas foram expostas às toxinas através do ar. Segundo Silva, o odor das algas é comparável ao do gás de cozinha.

Em nota, a secretaria de Turismo de Alagoas disse que “as autoridades constataram que este é um fenômeno passageiro e que não há mais risco para os banhistas nas localidades” e por isso todas as praias da região estão liberadas para banho.

O fenômeno deve recuar naturalmente, uma vez que os micro-organismos filtram água e se limpam, livrando-se das toxinas.

*Com informações de G1

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