A bioeconomia pode gerar até 500 bilhões de dólares ao Brasil por ano, se for desenvolvida. É o que estima o grupo de trabalho que debate esse tema no G20. Nesta quinta (14/3), foi realizada a primeira reunião técnica da iniciativa sobre a bioeconomia – que é uma das novidades apresentadas pela Presidência do Brasil no grupo que reúne países com as maiores economias do mundo.
Ao defender a incorporação desse tipo de economia mais sustentável, a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcia Barbosa, mencionou os avanços não só financeiros mas também de bem-estar da população e até o freio do desmatamento.
“Se a gente trabalhar bem a economia, ela pode trazer mais de US$ 500 bilhões ao ano para o Brasil. Mas importa muito mais a gente conseguir que a população que está lá na floresta, que está no Cerrado, que está nos diferentes biomas brasileiros, possa ter uma vida digna, conseguir vender o seu produto para todo o país e, com essa vida, evitar o desmatamento. Não é só à força que a gente evita o desmatamento, é com três refeições pelo menos ao dia, é com estudo, é com energia, é com água potável para esse tipo de população”, diz Marcia Barbosa.
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O grupo entende que a bioeconomia pode ser caracterizada como um modelo de desenvolvimento baseado no conhecimento, que engloba novas tecnologias, como os nano-materiais de base biológica, mas também tecnologias antigas e conhecimentos tradicionais, como a utilização e a gestão tradicionais dos ecossistemas e das espécies da biodiversidade.
O GT criado no Brasil para debater o tema se organizou em três eixos principais – o papel da ciência e tecnologia para conhecimento da bioeconomia, uso sustentável da mesma e a bioeconomia como a promotora do desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Propostas serão trabalhadas ao longo do ano e no fim do ano serão apresentadas aos demais países no evento do G20.
*com informações da CBN
