Nesta terça, 18, continuou em Barcelona, na Espanha, o julgamento do jogador Neymar e de outros suspeitos de fraude envolvendo a sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013. Em depoimento, o atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira afirmou que apenas assinava os documentos que seu pai apresentava.
Ao ser questionado pela promotoria, Neymar afirmou:
“Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede”.
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No julgamento, o Ministério Público espanhol acusa Neymar de corrupção e pede dois anos de prisão para o jogador, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros (R$ 51 milhões).
O julgamento se iniciou com ação apresentada há sete anos pelo grupo DIS, fundo que possuía parte dos direitos econômicos do atleta. O Barcelona anunciou em um primeiro momento que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros (cerca de R$ 431 milhões). Para o DIS, o Barça, Neymar e mais tarde o Santos se aliaram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos dos quais ficou de fora. O caso levou à demissão do então presidente do clube espanhol, Sandro Rossell. O MP espanhol solicita cinco anos de prisão por corrupção e fraude para Rossell.
Além do jogador do PSG e Rossell, também são processados Josep Maria Bartomeu, outro ex-presidente do Barcelona, assim como o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho. Também são processados as pessoas jurídicas do FC Barcelona, do Santos FC e da empresa criada pelos pais de Neymar para gerenciar sua carreira. As audiências do julgamento continuarão até o dia 31 deste mês.
A partir de 20 de novembro, Neymar vai liderar a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar.