O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, afirmou hoje, 9, que o país vai proibir manifestações de grupos de extrema direita. A medida acontece em decorrência de uma manifestação que ocorreu sábado, 6: um ato neonazista em Paris que havia sido autorizado pelas autoridades locais.
Segundo Darmanin, o governo francês vai instruir os prefeitos a proibirem qualquer manifestação de extrema direita. A estratégia é tentar judicializar a questão. Ele disse, durante uma sessão de controle do governo na Assembleia Nacional:
“Vamos deixar que os tribunais julguem se a jurisprudência permite que essas manifestações ocorram”.
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A manifestação de sábado em Paris reuniu cerca de 600 pessoas. A data é um marco da morte do militante de extrema direita Sebastien Deyzieu, em 1994. Os participantes do ato estavam vestidos de preto, com muitos mascarados, e exibiam bandeiras pretas com a cruz celta, usada por supremacistas brancos.
Imagens da manifestação geraram polêmica por todo o país, enquanto o presidente de esquerda Emmanuel Macron continua enfrentando protestos de sindicatos devido à controversa reforma da previdência promovida pelo governo.
Até mesmo a líder de extrema direita Marine Le Pen, favorita nas pesquisas devido ao conflito social causado pela reforma da Previdência, classificou a manifestação como inadmissível.